quarta-feira, 26 de março de 2008

"Não falei contigo com medo que os montes e vales em que me achas caíssem a teus pés
Acredito e entendo que a estabilidade lógica de quem não quer explodir faça bem ao escudo que és
Saudade é o ar que vou sugando e aceitando como fruto de Verão nos jardins do teu beijo
Mas sinto que sabes que sentes também que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo e tudo o que vejo
É que hoje acordei e lembrei-me que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
nua numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste que o teu destino foi inventado por gira-discos estragados aos quais te vais moldando
E todo o teu planeamento estratégico de sincronização do coração são leis como paredes e tectos
cujos vidros vais pisando
Anseio o dia em que acordares por cima de todos os teus números, raízes quadradas de somas subtraídas, sempre com a mesma solução
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso e harmonioso ao teu gesto mimado
e à palma da tua mão..."
T.

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