tag:blogger.com,1999:blog-7356925112015697252024-03-05T20:52:00.664-08:00S.A.D.A.B.U.A.P.U.D.E.Sob as asas de uma borboleta à procura de uma estrelasadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.comBlogger65125tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-42768857407228507852009-03-25T11:32:00.000-07:002009-03-25T11:50:55.121-07:00Sound - Lamb<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQBuX20t42iHO8hmZbhkhuKprjVH0ByBQs6fbDL8Re1-O0sOae-VKz74Pc8qAdtMiocCY8H3O2W1ke9bZJKNOgECvDcRzV6RgWLlNHowhYllsVv3ogPlhaZRVgtnESQ2geyHpdw0_Gnax1/s1600-h/56584898%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5317199338685851810" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 253px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQBuX20t42iHO8hmZbhkhuKprjVH0ByBQs6fbDL8Re1-O0sOae-VKz74Pc8qAdtMiocCY8H3O2W1ke9bZJKNOgECvDcRzV6RgWLlNHowhYllsVv3ogPlhaZRVgtnESQ2geyHpdw0_Gnax1/s320/56584898%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div>What is that sound</div><div>Ringing in my ears</div><div>The strangest sound</div><div>I've heard for years and years</div><div>The sound of two hearts</div><div>Beating side by side</div><div>The sound of one love</div><div>That neither one can hide</div><br /><div></div><div>The sound that makes the world go round</div><div>The sound that makes the world go round</div><div></div><br /><div>What is that sound</div><div>Running round my head</div><div>Funny I thought</div><div>That part was long since dead</div><div>But now there's new life</div><div>Coursing through my veins</div><div>Because there's someone</div><div>Who'll make it beat again</div><div></div><br /><div>The sound that makes the world go round</div><div>The sound that makes the world go round</div><div>The sound that makes the world go round</div><div>The sound that makes the world go round</div><div></div><br /><div>What is that sound</div><div>Ringing in my ears</div><div>The strangest sound</div><div>I've heard for years and years</div><div>The sound of two hearts</div><div>Beating side by side</div><div>The sound of one love</div><div>That neither one can hide</div><div></div><br /><div>Written by a. barlow / l. rhodes</div><div> </div><div> </div>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-66185170852434042482008-07-16T00:22:00.000-07:002008-07-16T00:23:35.172-07:00Borboleta"A Borboleta é o símbolo da alma, pois da mesma forma que esta abandona a crisálida para voar, o espírito também se liberta do corpo físico para ganhar espaço infinito. Representa ainda o renascimento e a imortalidade. No Japão, surge associada à Mulher, visto que, a metamorfose do seu ovo para lagarta, desta para crisálida e, seguidamente para borboleta, indica as etapas da nossa alma para atingirmos a iluminação.<br /><br />A Borboleta simboliza a mudança... “O poder da borboleta é como o ar, é a habilidade de conhecer a mente e de mudá-la, é a arte da transformação”. As pessoas deveriam observá-las atentamente e, assim como elas, estar em algum dos seguintes estágios de actividade:<br /><br />1. Estamos no primeiro estágio - quando a ideia nasce, mas ainda não é uma realidade, é o estágio do ovo, o ponto de criação de uma ideia;2. O segundo estágio - da larva, surge quando temos que tomar uma decisão;3. O terceiro estágio - do casulo, é o desenvolvimento do projecto, é fazer para realizar;4. E o estágio final - a transformação, é deixar o casulo e voar, é a realização!"sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-91780128432913598972008-07-12T04:21:00.000-07:002008-07-12T04:25:28.633-07:00Eu gostava de olhar para ti,<br />E dizer-te que és uma luz,<br />Que me acende a noite,<br />me guia de dia e seduz.<br />Eu gostava de ser como tu,<br />Não ter asas e poder voar,<br />Ter o céu como fundo,<br />ir ao fim do mundo e voltar.<br />[Refrão]<br />Eu não sei o que me aconteceu.<br />Foi feitiço,<br />O que é que me deu?<br />Para gostar tanto assim de alguém,<br />Como tu.<br />2º verso]<br />Eu gostava que olhasses para mim,<br />E sentisses que sou o teu mar,<br />Mergulhasses sem medo,<br />um olhar em segredo,<br />só para eu<br />Te abraçar.<br />[Refrão]<br />Eu não sei o que me aconteceu,<br />Foi feitiço,<br />O que é que me deu?<br />Para gostar tanto assim de alguém<br />Como tu.<br />3º verso]<br />O primeiro impulso é sempre mais justo,<br />é mais verdadeiro.<br />E o primeiro susto dá voltas e voltas<br />na volta redonda<br />de um beijo profundo.<br />[Refrão]<br />Eu...<br />Eu não sei o que me aconteceu.<br />Foi feitiço,<br />O que é que me deu?<br />Para gostar tanto assim de alguém,<br />Como tu...<br />Eu...<br />Não sei o que me aconteceu,<br />Foi feitiço,<br />O que é que me deu?<br />Para gostar tanto assim de alguém,<br />Como tu...<br />Como tu.sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-47938323341824981932008-07-08T05:41:00.001-07:002008-07-08T05:43:56.517-07:00Honour to love you.......Just like a star across my sky,<br />Just like an angel off the page,<br />You have appeared to my life,<br />Feel like I'll never be the same,<br />Just like a song in my heart,<br />Just like oil on my hands,<br />Honour to love you<br />Still I wonder why it is,<br />I don't argue like this,<br />With anyone but you,<br />We do it all the time,<br />Blowing out my mind,<br />You've got this look I can't describe,<br />You make me feel like I'm alive,<br />When everything else is au fait,<br />Without a doubt you're on my side,<br />Heaven has been away too long,<br />Can't find the words to write this song,<br />Oh...Your love,<br />Still I wonder why it is,<br />I don't argue like this,<br />With anyone but you,<br />We do it all the time,<br />Blowing out my mind,<br />Now I have come to understand,<br />The way it is,<br />It's not a secret anymore,<br />'cause we've been through that before,<br />From tonight I know that you're the only one,<br />I've been confused and in the dark,<br />Now I understand,<br />I wonder why it is,<br />I don't argue like this,<br />With anyone but you,<br />I wonder why it is,<br />I wont let my guard down,<br />For anyone but you<br />We do it all the time,<br />Blowing out my mind,<br />Just like a star across my sky,<br />Just like an angel off the page,<br />You have appeared to my life,<br />Feel like I'll never be the same,<br />Just like a song in my heart,<br />Just like oil on my handssadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-82473046804290911692008-07-04T15:56:00.000-07:002008-07-04T16:18:10.961-07:00Café de sempre..."Há lugares q são pequenos abrigos para onde podemos sempre fugir..."<br /><br />Obrigado por estarem sempre por aí...<br />Sempre por perto, sempre com um colo descartável, pronto a usar... incansável e paciente...<br />Amo-vos... sem medida nem peso!sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-62971746749338376922008-07-04T15:53:00.000-07:002008-07-04T15:54:04.911-07:00Temos em nós a capacidade de viver e acreditar naquelas coisas que valem a pena, que nos fazem sonhar e continuar a acreditar no sonho, aquele que teimamos em suprimir a favor da manutenção da integridade da casca... pois digo, repito, sublinho e subscrevo-me a mim mesma: de que vale a casca se a gema não tiver sabor a sonho?sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-68701058312414309922008-07-04T01:09:00.000-07:002008-07-04T01:10:09.829-07:00Eu sinto amor...<br />...quando a saudade aperta...sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-18089606681437610452008-07-04T00:56:00.000-07:002008-07-04T01:01:45.167-07:00Numa relação é rápida a transição entre o tudo para o outro e o egoísmo do tudo para o próprio...sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-27545803031016712142008-07-03T14:18:00.000-07:002008-07-04T16:28:43.815-07:00"Pus-me a Pensar" Sam the KidPus-me a pensar<br />No meu azar<br />Se não ficar<br />Contigo aqui<br />Já sei o que quero<br />Tou certo, seguro<br />(...)<br />Então percebe o que eu sinto<br />Eu não minto, eu juro<br />Que vi-te no meu futuro<br />Aceitas o meu convite?<br />É puro<br />És adição<br />És o meu sedativo<br />Definição de amor definitivo<br />Amor infinitivo<br />Verdadeiro até á cova<br />Não sou Casanova<br />(...)<br />Confia, dá-me amor.<br />Eu guardo-to.<br />O meu estado de espírito<br />É querer estar-te a despir<br />E tirar-te tudo para fora<br />(...)<br />E tar rodeado com respeito raro<br />De imediato,<br />(...)<br />REFRÃO:<br />Pus-me a pensar<br />No meu azar<br />Se não ficar<br />Contigo<br />Pus-me a pensar<br />No meu azar<br />Se não ficar<br />Contigo aqui<br />Adoro os teus caracóis<br />Desde o primeiro dia foram como anzóis<br />Fiquei vidrado<br />No teu olhar encantado<br />Mas desiludido por achar que tinhas namorado<br />Dia 28 foi a transição<br />Que me fez chegar a uma conclusão, vamos<br />Viajar pelo mundo como imigrantes<br />Cortar a distância que nos deixa distantes<br />(...)<br />É o que me faz sorrir ao acordar pela manhã<br />Isto é um projecto<br />(...)<br />Sem medo do futuro<br />A ver o pôr do sol e a ter-te sempre por perto<br />REFRÃO:<br />Pus-me a pensar<br />No meu azar<br />Se não ficar<br />Contigo<br />Pus-me a pensar<br />No meu azar<br />Se não ficar<br />Contigo aqui<br />Pus-me a pensar:<br />"Não será mais do que isso.<br />"Mas como tudo nunca será tudo<br />Porquê um escudo?<br />Porque não queres ver o que o futuro nos guarda?<br />Quero que sejas esposa, minha namorada<br />Estou á tua espera ....<br />Disposto a tudo, tu sabes<br />Nunca acreditei no destino<br />Mas emocionei-me com este hino<br />Ao ponto de me perguntar<br />Se é isto o porquê de um ser se emocionar<br />Porquê de não deixar essa roma vir á tona<br />Toda a gente se apaixona<br />Mas todos acham o amor foleiro<br />Este é de ti, e parece ser verdadeiro<br />Por ele, largo a minha vida de solteiro<br />(...)<br />Tu e eu<br />Sem fimsadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-16408177718375611862008-07-03T14:12:00.000-07:002008-07-04T16:33:02.032-07:00"The Limit To Your Love"Clooouds part<br />Just to give us a little sun<br />There's a limit to your love<br />Like a waterfall in sloooow moootion<br />Like a map with no oooocean<br />There's a limit to your love<br />There's a limit to you care<br />So carelessly there<br />Is it truth or dare<br />There's a limit to your care<br />I love I love I love<br />This dream of going upstream<br />I love I love I love<br />The trouble that you give me<br />I know I know I know<br />That only I can save me<br />I'll go I'll go I'll go<br />Right down the rooooad<br />There's a limit to your love<br />Like a waterfall in slooooow moootion<br />Like a map with no oooocean<br />There's a limit to your love<br />Your love your love your love<br />I can't read your smile<br />It should be written on your face<br />I'm piecing it together<br />There's something out of plaaace<br />Ooooh<br />I love I love I love<br />This dream of going upstream<br />I love I love I love<br />All the trouble that you give me<br />I know I know I know<br />That only I can save me<br />I'll go I'll go I'll go<br />Out on the rooooad<br />Because there is no limit<br />There's no limit<br />No limit no limit no limit<br />Limit to my looooovesadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-83384532194167824032008-06-07T10:59:00.000-07:002008-06-07T11:03:56.020-07:00estados de alma..."Teus sinais<br />Me confundem<br />Da cabeça aos pés<br />Mas por dentro<br />Eu te devoro,<br />Teu olhar<br />Não me diz exato<br />Quem tu és<br />Mesmo assim<br />Eu te devoro...<br />Te devoraria<br />A qualquer preço,<br />Porque te ignoro,<br />Te conheço,<br />Quando chove ou<br />Quando faz frio,<br />Noutro plano<br />Te devoraria<br />(...)"<br /><br />Te Devoro - Djavansadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-4126349975037023612008-06-04T12:36:00.000-07:002008-06-04T12:53:51.654-07:00Sadabuapude - um resumo da históriaSob as asas de uma borboleta à procura de uma estrela...<br /><br />Há muito tempo, Sada conheceu o amor.<br />Aprendeu a rasgar sorrisos, a pintar tudo de cor-de-rosa.<br />Conheceu um valor em si até então latente.<br />Voou alto, tão alto que chegou a deixar de atribuir sentido ao chão que outrora pisara. Metaforseou-se e transformou-se numa linda borboleta colorida, com asas tão vistosas que a todos contageava de beleza.<br />Os voos, longos, altos, desprovidos de insegurança, preenchiam os dias claros repletos de arco-íris. Descobriu tanto de bonito! Tudo era de extrema beleza, alegria, perfume, luz, música e cor!<br />A borboleta conheceu uma estrela que lhe iluminou todos os percursos de cada voo, que a guiou cada vez mais alto, e a incentivou a abrir as asas com todo o seu esplendor...<br />E como se tornou linda, resplandecente, a borboleta!<br /><br />Um dia, as asas começaram a fraquejar... a borboleta deixou de conseguir ver, tão encadeada que estava pelo brilho da estrela, o percurso e o sentido do voo.<br />E como as pétalas de uma flor inadvertidamente colhida com o intuito egoísta e ignorante de conservar a beleza só para si, as asas da borboleta começaram a murchar... e em pouco tempo, toda a borboleta murchou, definhou... deixou de conseguir voar.<br /><br />E Sada, melancólica, tem-se mantido sob as asas definhadas da borboleta outrora repleta de brilho, procurando uma estrela...sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-88196703907419471942008-06-04T12:20:00.000-07:002008-06-04T12:28:58.988-07:00<strong>Espreito por entre madeixas de cabelo cansadas... </strong><br /><strong>Passo a língua pelos lábios... doces... gretados...</strong><br /><strong>Por momentos deixo-me acreditar.</strong><br /><strong>O calor toma posse dos meus poros. Aprecio.</strong>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-30355076028436294752008-05-21T14:18:00.000-07:002008-05-21T14:25:44.558-07:00falta de inspiração...O que escrever quando se não se sente inspirado?<br />O que escrever quando apetece escrever, mas não sai nada de coerente?<br />Gostava de sentir um arrepio de lirismo percorrer-me o corpo, que despoletasse através da ponta dos dedos directamente para as teclas que utilizo para escrever, de forma a que quando despejasse tudo o que me vai dentro, pudesse afirmar (para mim): ena, tens mesmo jeito para isto!<br />Mas a verdade é que me não sinto inspirada...<br />Engraçado... porque tenho vontade... e a vontade de escrever qualquer coisa ultrapassa-me de tal forma que aqui estou, sem dizer nada com sumo, mas ainda assim, escrevendo qualquer coisa...sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-69956092839965031152008-05-21T14:16:00.000-07:002008-05-21T14:18:11.799-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPlqeU9gjonvtYSNz0qaIiFaAgsu2rtVxWnz3o8aS9_83Zw-m3Wn2bbh1pqzwarN64oeRdk-RjMyX_iKc4XJZG0IBUZA35XvlrXxG-H_CTV69k6l1P4GpNkiSlqJbqJ0nUhy7l7f6GL88i/s1600-h/avulso!+068.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5202943297395866978" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPlqeU9gjonvtYSNz0qaIiFaAgsu2rtVxWnz3o8aS9_83Zw-m3Wn2bbh1pqzwarN64oeRdk-RjMyX_iKc4XJZG0IBUZA35XvlrXxG-H_CTV69k6l1P4GpNkiSlqJbqJ0nUhy7l7f6GL88i/s400/avulso!+068.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-5682977386555308972008-04-17T10:16:00.000-07:002008-04-17T10:18:10.864-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzGj0sguejuhDDSHkbGY0-B0tNB3ozAe7B-T3NQCdyjec97PCEOfDHWk9MDnepiIZnyTnF3UkgtDALsbUf5VEUBnFQrtFVimAlQfUyTkbyY3-wIxSCoIS6_VlN7kreqF3WaSvRTgT-dU5X/s1600-h/200332636-001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190264702434951890" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzGj0sguejuhDDSHkbGY0-B0tNB3ozAe7B-T3NQCdyjec97PCEOfDHWk9MDnepiIZnyTnF3UkgtDALsbUf5VEUBnFQrtFVimAlQfUyTkbyY3-wIxSCoIS6_VlN7kreqF3WaSvRTgT-dU5X/s400/200332636-001.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-46001964187814884052008-04-17T09:48:00.000-07:002008-04-17T10:08:03.451-07:00Llovizna<em>Yo quisiera poder ser feliz como un pájaro</em><br /><em>Una flor que ha nascido en el campo</em><br /><em>Y no espera más que la lluvia o el sol</em><br /><em></em><br /><em>Yo quisiera nascer cada nueva mañana</em><br /><em>En la luz de un rayo de sol que desnuda la más alta montaña</em><br /><em></em><br /><em>Y bajar en la suave llovizna</em><br /><em>Que cae despertando la tierra</em><br /><em>Con el frescor, la claridad del alba</em><br /><em></em><br /><em>Yo quisiera sentir libertad como un águila</em><br /><em>Cuando abre sus alas y suelta en el valle una sombra fugaz</em><br /><em></em><br /><em>Y sentirme raíz del mayor de los árboles</em><br /><em>El que roza en las nubes sus ramas desnudas y las hace llorar</em><br /><em></em><br /><em>Su tristeza en la suave llovizna</em><br /><em>Que cae despertando la tierra</em><br /><em>Con el frescor, la claridad del alba</em><br /><em></em><br /><em>Yo quisiera arrasar todas estas murallas</em><br /><em>Las que callan mi voz en un hueco de sombra y piedra mortal</em><br /><em></em><br /><em>Y decodificar el sentir de la gente</em><br /><em>Que no sabe o no puede aprender que vivir es mejor que soñar</em><br /><em></em><br /><em>Es igual que la suave llovizna</em><br /><em>Que cae despertando la tierra</em><br /><em>Con el frescor, la claridad del alba</em><br /><em></em><br /><em>Yo quisiera morir en un dia de invierno</em><br /><em>Para sentir la lluvia mojarme la cara una última vez</em><br /><em></em><br /><em>Como sentir tu boca tocándo la mía</em><br /><em>Y aunque solo un instante pensar que no es ese mi último adiós</em><br /><em></em><br /><em>Que morir es cómo esa llovizna</em><br /><em>Que cae despertando la tierra</em><br /><em>Con el frescor, la claridad del alba</em><br />M.Veigasadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-27242145716136185482008-04-17T09:46:00.001-07:002008-04-17T09:46:30.602-07:00Pois concordo que querer seja poder, a questão é que se fala em querer sem se querer realmente. É fácil dizer "eu quero". E senti-lo? Senti-lo com as entranhas, com o corpo e a alma? Esse sim, é o querer poderoso. Não o de puro bater do pé, ou o só porque sim...Eu quero sentir tudo de todas as maneiras!sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-46440822768486168312008-04-17T09:34:00.000-07:002008-04-17T09:45:01.354-07:00Rouquidão - remakeRouquidão...Oh efémera rouquidão.<br />Oh dorzinha de cabeça que me incendeia as têmporas e me desconforta o pescoço e a cabeça posicional... Oh...<br />O pingo escorre-me pela mucosa da narina direita...<br /><br />Estou sorridente, saltitante, só me apetece gargalhar, gritar com o vento de um ponto mais alto, estar com toda a gente, abraçar toda a gente, beijar todos, um a um, e dançar, e dançar, e dançar, dançar...!!<br />"Veni, vidi, vici!"<br />Doem-me os ombros, o pescoço e vários pontos distintos, simétricos, tudo merda.<br />Tudo merda.<br />Quero festejar, correr em verdes campos, rio, mato, gritar a plenos pulmões até que me doa a garganta, fique sem voz, ou que me passe esta rouquidão (em que me recuso inegavelmente a sequer pensar na remota possibilidade possibilitiva de negociar o mais ínfimo electrãozinho de proposta de a aceitar. Não, não abdico. Já disse que não. Ponto.), quero dançar, esvoaçar por entre as nuvens, sob as asas de uma borboleta, simplesmente procurando uma estrela.<br />A luz está sempre lá. Aqui. Abre os olhos, pequena, abre. Porque não há, nem pode haver, maior no mundo.<br />Bom dia muro cinzento.<br />Bom dia relvado verde pintalgado de lixo.<br />Bom dia estação cinzenta.<br />Bom dia árvores, pedras, casas, fábricas.<br />Bom dia senhores operários.<br />Bom dia engravatados.<br />Bom dia esfomeados.<br />Bom dia cabrões.<br />Bom dia crianças.<br />Bom dia gente.<br />Bom dia montes do meu coração.<br />Um grande bom dia.<br />Bom dia gente, alvíssaras, saudações académicas, olá!<br />Dia bom para ti, oh sol, sem te ver mas, já sabes, sentindo o calor no corpo, a luz nos olhos cemi-cerrados.<br />É sempre uma honra, como direi, um prazer. Deleite... <br />Olá nuvens.<br />Bom dia suor, correria, stress,, aprendizagens, estudo, busca de motivação, procura de satisfação.<br />Bem-vindos acordares rabujentos, procissões enregelantes em estado zombie, sonâmbulo, lamentos e invenções de possíveis trocas ou faltas.<br />Bom dia nuvem farfalhuda fotográfica, branquinha, suculenta, apetecível. Densa. Densidade. One life gotten.<br />É minha, agora sou eu.<br />Cá vou, catapultante, sim, sem medo de cair.<br />Medo? De quê? De fracturar... ironia... Não, gosto mesmo muito deste vôo. Sim!, bom!, estou!<br />...Ainda estou rouca, mas já passa.<br /><br />Eu sinto que sei voar. Cá no fundo.<br />Prometo que a seguir procuro o gato. E literalmente também.<br />Sorrio.<br />...E quando um desconhecido te sorri.<br />Descanso os dedos. Pouso as unhas.<br />Vou ter de tirar o verniz.<br /><br />(os anseios e devaneios de menina metamorfoseando-se em mulher, no primeiro capítulo)sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-6986561298859118852008-04-17T09:31:00.000-07:002008-04-17T09:32:29.521-07:00Uma boa noite.<br />Um desejo banal, tantas vezes proferido sem uma qualquer questão à validade da sua intenção, à veracidade do desejo...<br />Porquê desejar se não é verdadeiramente sentido?<br />Pois, parece que fica bem, que é boa educação...<br />que é um cliché por tantos adoptado que acaba sendo aceite sem oposições, sem levantamento de dúvidas, sem espaço aberto para questões.<br />Deixemo-nos, pois, levar pelo curso da maré, em ponto morto, em modo económico... menos trabalho, menos preocupações.<br />Renegue-se toda a tentativa de compreensão ou de procura de mais, em quantidade e qualidade. Renegue-se o pensar. Dói. Como um qualquer destes transeuntes, fujo com o rabo à seringa.sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-82675172922284375592008-04-17T09:24:00.000-07:002008-04-17T09:29:32.730-07:00<span>Bom dia a todos os que criam</span><br /><span>a todos que acreditam na arte</span><br /><span>e em si próprios</span><br /><span>a todos os que bebem das suas mãos e oferecem</span><br /><span>e todos os dias nos oferecem um pouco de si, </span><br /><span>mesmo quando sabem que não são recebidos com a mesma espontaneidade, </span><br /><span>ingenuidade e entrega com que se nos dão...</span><br /><span>Bom dia aos isentos de ganância e espírito cusco</span><br /><span>Bom dia aos que sorriem só porque sim</span><br /><span>Sempre bom dia àquele que sorri e tem vontade de abraçar o mundo só porque respira...</span><br /><span></span><br /><span>"Só porque"?</span><br /><span>Porquê o emprego de uma justificação?</span><br /><span>porquê a dificuldade em falar livremente do que nos vai na alma?</span><br /><span>Até eu, que passo os dias a gritar como é bom estar vivo,</span><br /><span>como é bom sorrir e amar e sonhar</span><br /><span>(porque é essa a recompensa que temos só por estarmos vivos,</span><br /><span>pelo que devemos usar e abusar e contagiar os que nos rodeiam </span><br /><span>com esta força que todos temos mas muitos se esquecem...) </span><br /><span>até eu tenho dificuldade em ser... </span><br /><span></span><br /><span>A transparência é tão dificil quando todos os que nos rodeiam </span><br /><span>nos não deixam respirar sem nos fazer sentir observados e avaliados...</span><br /><span></span><br /><span>Mas voltei... respiro... E sorrio!</span>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-74752241001717693742008-04-08T09:47:00.000-07:002008-04-08T10:11:00.309-07:00Bom diaAbro a janela. A luz que se mostra encandeia-me os olhos.<br />Espreguiço-me.<br />Estico os braços, as mãos, sinto cada dedo com vontade de tocar neste calor que me eriça os pêlos, em cada centímetro quadrado de pele irradiada pela luz do sol.<br />Um arrepio. A descarga que me percorre o corpo.<br />Cada músculo excitado pela passagem deste estímulo solar, da manhã, do dia.<br />Inspiro. Inalo este ar que me envolve e estimula, e estico-me expirando.<br />O que expiro, um suspiro de outros dias.<br />Espreguiço-me. Relaxo o corpo. Fecho os olhos, respiro fundo.<br />Com os olhos fechados, direcciono a cara para o sol, e sinto-me absorver cada ponto de calor e de luz. Embriago-me.<br />Articulo cada dedo como se dançasse,<br />uma espécie de dança oriental de contemplação ao sol.<br />Espreguiço-me.<br />Bom dia...sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-2542832719576503172008-04-07T18:43:00.001-07:002008-04-07T19:08:22.806-07:00o melhor<div align="left">Não sou nada.</div><div align="left">Nunca serei nada.</div><div align="left">Não posso querer ser nada.</div><div align="left">À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.<br />Janelas do meu quarto,</div><div align="left">Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é</div><div align="left">(E se soubessem quem é, o que saberiam?),</div><div align="left">Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,</div><div align="left">Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,</div><div align="left">Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,</div><div align="left">Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,</div><div align="left">Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,</div><div align="left">Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.<br />Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.</div><div align="left">Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,</div><div align="left">E não tivesse mais irmandade com as coisas</div><div align="left">Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua</div><div align="left">A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada</div><div align="left">De dentro da minha cabeça,</div><div align="left">E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.<br />Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.</div><div align="left">Estou hoje dividido entre a lealdade que devo</div><div align="left">À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,</div><div align="left">E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.<br />Falhei em tudo.</div><div align="left">Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.</div><div align="left">A aprendizagem que me deram,</div><div align="left">Desci dela pela janela das traseiras da casa.</div><div align="left">Fui até ao campo com grandes propósitos.</div><div align="left">Mas lá encontrei só ervas e árvores,</div><div align="left">E quando havia gente era igual à outra.</div><div align="left">Saio da janela, sento-me numa cadeira. </div><div align="left">Em que hei de pensar?<br /></div><div align="left">Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?</div><div align="left">Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!</div><div align="left">E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!</div><div align="left">Génio? </div><div align="left">Neste momento cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,</div><div align="left">E a história não marcará, quem sabe?, nem um,</div><div align="left">Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.</div><div align="left">Não, não creio em mim.</div><div align="left">Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!</div><div align="left">Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?</div><div align="left">Não, nem em mim...</div><div align="left">Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo</div><div align="left">Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?</div><div align="left">Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas </div><div align="left">-Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,E quem sabe se realizáveis,</div><div align="left">Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?</div><div align="left">O mundo é para quem nasce para o conquistar</div><div align="left">E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.</div><div align="left">Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.</div><div align="left">Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,</div><div align="left">Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.</div><div align="left">Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,</div><div align="left">Ainda que não more nela;</div><div align="left">Serei sempre o que não nasceu para isso;</div><div align="left">Serei sempre só o que tinha qualidades;</div><div align="left">Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,</div><div align="left">E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,</div><div align="left">E ouviu a voz de Deus num poço tapado.</div><div align="left">Crer em mim? Não, nem em nada.</div><div align="left">Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente</div><div align="left">O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,</div><div align="left">E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.</div><div align="left">Escravos cardíacos das estrelas,</div><div align="left">Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;</div><div align="left">Mas acordamos e ele é opaco,</div><div align="left">Levantamo-nos e ele é alheio,</div><div align="left">Saímos de casa e ele é a terra inteira,</div><div align="left">Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.<br /></div><div align="left">(Come chocolates, pequena;</div><div align="left">Come chocolates!</div><div align="left">Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.</div><div align="left">Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.</div><div align="left">Come, pequena suja, come!</div><div align="left">Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!</div><div align="left">Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,</div><div align="left">Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)<br />Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei</div><div align="left">A caligrafia rápida destes versos,</div><div align="left">Pórtico partido para o Impossível.</div><div align="left">Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,</div><div align="left">Nobre ao menos no gesto largo com que atiro</div><div align="left">A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,</div><div align="left">E fico em casa sem camisa.<br />(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,</div><div align="left">Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,</div><div align="left">Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,</div><div align="left">Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,</div><div align="left">Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,</div><div align="left">Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,</div><div align="left">Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!</div><div align="left">Meu coração é um balde despejado.</div><div align="left">Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco</div><div align="left">A mim mesmo e não encontro nada.</div><div align="left">Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.</div><div align="left">Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,</div><div align="left">Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,</div><div align="left">Vejo os cães que também existem,</div><div align="left">E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,</div><div align="left">E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)<br />Vivi, estudei, amei e até cri,</div><div align="left">E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.</div><div align="left">Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,</div><div align="left">E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses</div><div align="left">(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);</div><div align="left">Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo</div><div align="left">E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente<br /></div><div align="left">Fiz de mim o que não soube</div><div align="left">E o que podia fazer de mim não o fiz.</div><div align="left">O dominó que vesti era errado.</div><div align="left">Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.</div><div align="left">Quando quis tirar a máscara,</div><div align="left">Estava pegada à cara.</div><div align="left">Quando a tirei e me vi ao espelho,</div><div align="left">Já tinha envelhecido.</div><div align="left">Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.</div><div align="left">Deitei fora a máscara e dormi no vestiário</div><div align="left">Como um cão tolerado pela gerência</div><div align="left">Por ser inofensivo</div><div align="left">E vou escrever esta história para provar que sou sublime.<br />Essência musical dos meus versos inúteis,</div><div align="left">Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,</div><div align="left">E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,</div><div align="left">Calcando aos pés a consciência de estar existindo,</div><div align="left">Como um tapete em que um bêbado tropeça</div><div align="left">Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.<br />Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.</div><div align="left">Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada</div><div align="left">E com o desconforto da alma mal-entendendo.</div><div align="left">Ele morrerá e eu morrerei.</div><div align="left">Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.</div><div align="left">A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.</div><div align="left">Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,</div><div align="left">E a língua em que foram escritos os versos.</div><div align="left">Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.</div><div align="left">Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente</div><div align="left">Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,<br />Sempre uma coisa defronte da outra,</div><div align="left">Sempre uma coisa tão inútil como a outra,</div><div align="left">Sempre o impossível tão estúpido como o real,</div><div align="left">Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,</div><div align="left">Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.<br /></div><div align="left">Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)</div><div align="left">E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.</div><div align="left">Semiergo-me enérgico, convencido, humano,</div><div align="left"> </div><div align="left">E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.<br />Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los</div><div align="left">E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.</div><div align="left">Sigo o fumo como uma rota própria,</div><div align="left">E gozo, num momento sensitivo e competente,</div><div align="left">A libertação de todas as especulações</div><div align="left">E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.<br />Depois deito-me para trás na cadeira</div><div align="left">E continuo fumando.</div><div align="left">Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.<br />(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira</div><div align="left">Talvez fosse feliz.)</div><div align="left">Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.</div><div align="left">O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).</div><div align="left">Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.</div><div align="left">(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)</div><div align="left">Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.</div><div align="left">Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo</div><div align="left">Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.</div><div align="left"> </div><div align="left">Tabacaria - A.Campos</div>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-45184436839786170052008-04-06T11:27:00.000-07:002008-04-06T12:16:37.377-07:00A mil por horaA las doce de la noche<br />salgo de mi casa<br />y empiezo a correr.<br /><br />Dejo mi pasado atrás<br />y arranco el coche,<br />solo se vive una vez.<br /><br />Autopista del sur,<br />nube gris, mar azul,<br />el volante en la mano<br />y a fondo el acelerador.<br /><br />Una carta en el buzón,<br />os quiero, pero no<br />me busquéis, por favor.<br /><br />Voy a mil por hora,<br />voy a mil por hora,<br />sin dirección.<br />Voy a mil por hora,<br />voy a mil por hora,<br />sin dirección.<br /><br />En el pueblo me asfixiaba,<br />necesito el aire<br />de la gran ciudad.<br /><br />Ojala la carretera<br />cruce la frontera<br />de la libertad.<br /><br />Autopista del sur,<br />nube gris, mar azul,<br />el volante en la mano<br />y a fondo el acelerador.<br /><br />Nadie puede detenerme,<br />las gasolineras<br />me dicen adiós.<br /><br />Si en algún motel de mi camino<br />me espera una mujer,<br />burlare con ella mi destino,<br />y luego me iré.<br /><br />Joaquín Sabinasadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-735692511201569725.post-10619663949153336952008-03-31T21:07:00.000-07:002008-03-31T21:19:10.534-07:00atributo ao café de sempre... em honra de tudo... porque tudo prevalece.Sei de alguém por demais envergonhado<br />que por ser tão desajeitado<br />nunca foi capaz de falar<br /><br />Só que hoje viu o tempo que perdeu<br />sabes, esse alguém sou eu<br />e agora eu vou-te contar<br /><br />Sabes lá o que é que eu tenho passado<br />estou sempre a fazer-te sinais<br />e tu não me tens ligado<br /><br />E aqui estou eu<br />a ver o tempo a passar<br />a ver se chega o tempo<br />de haver tempo p'ra te falar<br /><br />Eu não sei o que é que te hei-de dar<br />nem te sei inventar frases bonitas<br />mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci<br />então, olha, gosto muito de ti<br /><br />Podes crer que à noite o sono é ligeiro<br />fico à espera o dia inteiro<br />p'ra poder desabafar<br /><br />Mas como sempre<br />chega a hora da verdade<br />e falta-me o à-vontade<br />acabo por me calar<br /><br />Falta-me o jeito<br />ponho-me a escrever e rasgo<br />cada vez a tremer mais<br />e às vezes até me engasgo<br /><br />Nada a fazer<br />e é por isto que eu te conto<br />é tarde p'ra não dizer<br />digo como sei e pronto...<br /><em>Quadrilha</em>sadabuapudehttp://www.blogger.com/profile/17409885951351654512noreply@blogger.com2